quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Deixem as crianças serem... CRIANÇAS!

Pode parecer promissor, algo que: NOSSA VOCÊ FALA ISSO PORQUE NÃO TEM FILHO! E coisa e tal. Mas sinto esse muito forte dentro de mim, e decidi que colocaria para fora o que sinto, aqui nesse canto, onde é meu divã, meu conforto, meu mural de inspirações e meu encontro com pessoas que nem conheço e que considero muito.

Pense rápido: quantas crianças hoje, você conhece que fazem pelo menos 1 ou 2 atividades extras curriculares (no sentido de religião, esporte, ensino...)? Muitas certo?

Hoje sei que a realidade é outra de uns 30 anos atrás. Mães hoje que trabalham o dia todo, ou parte do dia. E não se dedicam inteiramente a ser bela, recatada e do lar. Pais que também (mais do que nunca) estão trabalhando muito, ou tendo mais de um serviço. E isso não está errado. Não mesmo. Somos de uma geração diferente. Que estudou, correu atrás e encontrou um ponto de equilíbrio.

E com essa realidade, escolas de ensino no período integral passaram a ganhar espaço no mercado e na vida da gente. Sendo assim, as crianças passam literalmente mais tempo nas escolas que em casa. Como adultos que passam mais tempo trabalhando do que em casa.

Mas muitas delas, ao chegarem em casa, ou quando chega o esperado e aclamado final de semana, tem mil e um compromissos: inglês, futebol. ballet, catequese, natação, aula de música, espanhol, mandarim e bláblábla. E que horas essas crianças são crianças? Que horas que podem ficar vendo seu desenho animado de manhã ainda vestindo pijama com os dentes sem escovar? Que horas que podem ralar seu joelho depois de cair ao aprender andar de bicicleta e skate? Quando vão poder ver a avó fazer um bolo de cenoura e poder raspar a tigela da massa?

Acho muito bom sim essas escolas que oferecem essa 'opção' aos pais. Mas vejo que alguns pais acham o máximo e o melhor para um filho de 7,8 anos que ele fiquem o final de semana enfiado nos livros, fazendo mil e um trabalhos, seminários e projetos. Porque isso? Para se tornar um adulto frustrado e revoltado no futuro?

Sei que talvez num futuro próximo seja eu a colocar meus herdeiros numa escola o dia inteiro. Caso eu tenha que trabalhar. Mas quero que meus filhos, sobrinhos e filhos de amigos tenham uma infância tão boa quanto a minha foi. De brincar, de ter contato com os amigos (e contato fisico e não um CONTATO no celular), de saber brincar de coisas simples, que não precisem dar uma carga na tomada para funcionar. Crianças que saibam conversar e que não fiquem em um feriado enfiadas dentro de casa, jogando videogame, com um Sol lindo lá fora.

Crianças precisam de vitamina D. Deixem que façam suas artes. Deixem que sejam curiosas. É bom que saibam das tecnologias para ajudar na vida. Mas melhor ainda que conheçam a Vida antes de se renderem a tecnologia e coisa e tal.

Deixem as crianças serem crianças. Deixem que dançem do jeito delas, que cantem desafinado, que troquem o r pelo l as vezes. Eles não precisam ser o número 1 sempre. Aprender a ser o 2,3,15,70 também agregará valor!




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